Festa Agosto, 1989: Desfile do Colégio Rio Branco, na Praça Governador Portela
O Espaço Cultural Luciano Bastos foi inaugurado em 12/08/11, tendo sido idealizado como forma de preservar o rico patrimônio cultural que constitui o prédio do antigo Colégio Rio Branco e todo acervo existente em seu interior, disponibilizando para a comunidade o acesso a esses bens, e estimulando a cultura local através do desenvolvimento de diversas atividades culturais. Praça Amaral Peixoto, 13, Centro, Bom Jesus do Itabapoana E-mail: espacoculturallucianobastos@gmail.com Tel: (22)3831-1056
quinta-feira, 28 de outubro de 2021
COLÉGIO RIO BRANCO: TURMAS DE 1989
Festa Agosto, 1989: Desfile do Colégio Rio Branco, na Praça Governador Portela
quinta-feira, 21 de outubro de 2021
sexta-feira, 15 de outubro de 2021
PRESERVAÇÃO DE ACERVO: PROGRAMA DE DIGITALIZAÇÃO
Digitalização de acervo audiovisual: Tais Borges do Carmo |
O ECLB possui extenso acervo sonoro e audiovisual que preserva valioso registro da memória escolar do Colégio Rio Branco e da história e memória da região do Vale do Itabapoana.
Esse acervo foi, em grande parte, produzido
em equipamentos e formatos que, com as constantes transformações e produção de novas tecnologias, foram se tornando obsoletos e praticamente sem uso na era
atual. Muitos desses objetos foram apresentados aos visitantes do ECLB, na
exposição “Objetos Esquecidos no Tempo” ( saiba mais ),
tais como câmaras filmadoras tipo super 8, rolos de filme, slides e monóculos, para
citar apenas alguns.
Em 2014, o ECLB iniciou um Projeto de
Conversão Digital de seu acervo. A transformação dos registros
analógicos para formato digital permite ampliar as condições de preservação do
conteúdo, além de torná-lo mais acessível a pesquisadores e público em
geral.
O projeto contou com o apoio da
bibliotecária Lilia Willian Gonçalves que, além de fazer a doação de
equipamento que permite a conversão do acervo armazenado em fitas VHS para
formato disponível em DVD, orientou a equipe envolvida sobre seu manuseio.
A execução do
Projeto ficou a cargo de Tais Borges do Carmo que, de forma voluntária, atuou no ECLB, realizando a conversão do conteúdo de mais de 100 fitas
VHS para DVD, entre os anos de 2014 e 2015, e que em 2021 retoma as atividades para ampliar o processo de digitalização do acervo audiovisual e sonoro.
Para o conteúdo sonoro gravado em fitas
cassete, o ECLB adquiriu um conversor específico e, nos anos de 2017 e 2018, com
o apoio dos bolsistas do Projeto Jovens Talentos (FAPERJ), Larissa das Neves e Kirkis Viana, alunos
da E.E. Euclides Feliciano Tardin, e sob orientação de Paula Bastos (IFF),
realizaram a conversão de gravações de 30 fitas cassetes para o formato digital
MP3 ( saiba mais ).
No ano de 2021, buscando manter permanentemente atualizado o acervo audiovisual nas novas tecnologias, iniciou-se processo de conversão do acervo em DVD para formato MP4. Alguns desses vídeos estão sendo editados para disponibilização no canal do ECLB no YouTube ( acesse aqui ). O primeiro deles, de 1987, apresenta a Solenidade de Formatura do Colégio Rio Branco, no Cine Monte Líbano, e está dividido em duas partes:
Formatura do Colégio Rio Branco, 1987 - Parte 2
FOTOGRAFIAS (REGISTROS ICONOGRÁFICOS)
Com uma estimativa de mais de 10 mil fotografias referentes à memória escolar e da região, o projeto de digitalização desse acervo do ECLB foi iniciado em 2011-2012, sendo retomado em 2012. Entre os anos 2011-2012 e 2017-2019, o projeto contou com o apoio de bolsistas do Projeto Jovens Talentos (FAPERJ), estudantes da E.E. Euclides Feliciano Tardin, que desenvolveram suas atividades sob orientação de Paula Bastos (IFF) (saiba mais aqui , aqui e aqui ). Até o momento foram catalogadas e digitalizadas 1.500 fotografias.
PERIÓDICOS (HEMEROTECA)
No ano de 2021 foi iniciado o Projeto de Digitalização de Periódicos, começando pelos títulos das décadas de 1920 e 1930 que constam no acervo do ECLB, na perspectiva de facilitar a consulta aos pesquisadores e público em geral, mantendo a preservação dos jornais impressos. Confira a listagem completa de periódicos do ECLB aqui .
Atualização em: 09/11/2021
domingo, 10 de outubro de 2021
Maria Apparecida Dutra Viestel: aluna e professora do Ginásio Rio Branco
- Quando começou a estudar no Ginásio Rio Branco?
"A ida para o Ginásio Rio Branco se deu em 1941. Para entrarmos no Rio Branco, eu e meu irmão Pedrinho tivemos que passar pelo temido e rigoroso Exame de Admissão ao Ginásio. Só entravam os alunos aprovados nessa seleção, que incluía provas escritas e orais."
Profª Stella Aguiar, Português;
Prof. Benjamin Haman, Inglês;
Prof. Halley Jansen, Ciências;
Prof. Dr. Chiquinho, História;
Profª Dulce Firmo Teixeira, Francês;
Profª Lígia Muylaert Wanderley (D. Sally)
Prof. Humberto Cappai, Matemática.
O Prof. Cappai era italiano, e também dava aulas de Latim. Nosso livro era todo em latim, lembro que estudávamos História Romana. Era muito organizado, e exigia que nosso caderno fosse sempre caprichado. Ditava ou escrevia a matéria no quadro, e por causa de sua pronúncia tínhamos dificuldade de entendê-lo. Eu e minhas colegas, quanto tínhamos dificuldade, sempre pedíamos a ajuda de Padre Mello para a tradução dos textos em latim."
"Algumas salas de aula recebiam nomes de personalidades, uma delas levava o nome do meu avô, "Pedro Gonçalves da Silva", havia também a Sala Jerônimo Tavares. A "sala de vidro" era, nessa época, o salão nobre, onde aconteciam as reuniões escolares."
- Como eram essas reuniões escolares?
"O Grêmio Lítero-Esportivo Humberto de Campos do Rio Branco promovia uma reunião mensal dos estudantes, com belas apresentações literárias e artísticas no salão nobre, presentes professores, pais de alunos, membros da sociedade e autoridades. Apresentações musicais eram ensaiadas ao piano por D. Sally, professora de Canto Orfeônico.
Todo mês havia um sorteio dos alunos que iriam se apresentar na reunião seguinte. D. Carmita era quem anunciava aos alunos: 'Você foi sorteada para a próxima reunião.' E Padre Mello estava sempre presente. Em algumas datas cívicas, chegou a haver polêmica entre ele e o palestrante, como no dia em que não concordou e retrucou Delton de Mattos sobre a atuação dos portugueses na Independência do Brasil.
Dentre as pessoas de relevância convidadas por D. Carmita para falar para os alunos nas reuniões do Grêmio, a que mais me marcou foi o jornalista Silvio Fontoura, pois foi uma palestra muito acessível para os estudantes. Amigo pessoal de meu avô, Sílvio foi o fundador do primeiro jornal bonjesuense em 1906, residia em Campos e hospedou-se na época em minha casa. Lembro que Rosete Couto, irmã do Romeu Couto, declamou nessa reunião e foi por ele muito elogiada."
- Chegou a frequentar o antigo Laboratório da escola?
"Sim, numa das salas funcionava o Laboratório de Física e Química e o Prof. de Ciências, Halley Jansen nos levava lá para complementar suas aulas. A turma toda em silêncio, ouvindo as explicações, com raras interrupções dos alunos; minha colega Maria da Conceição Fragoso de Oliveira era das poucas que ousava fazer perguntas ao professor. Uma curiosidade a respeito do nome do professor: ele dizia ser uma homenagem à passagem do cometa Halley na época em que nasceu, em 1910."
- Quais são as maiores lembranças do período do Curso Ginasial?
"Entre minhas lembranças mais marcantes do período escolar está a do ano de 1942, quando um navio brasileiro foi afundado pelos alemães dentro de águas brasileiras. D. Carmita reuniu os alunos no pátio, muito comovida, falando sobre o acontecido e todos fomos dispensados da aula. A partir dessa data, uma repulsa aos alemães chegou a atingir, em Bom Jesus, o alemão Carlos Hirsch, proprietário do Cine São Geraldo e da Confeitaria Hirsch."
"Ainda em função dos acontecimentos de 1942, os alunos foram motivados a participar da Campanha da coleta de metais, organizada com o objetivo de arrecadar metais para a indústria de guerra brasileira. Os alunos recolheram objetos nas casas e chegaram a formar uma pirâmide de metais."
"Também muito marcante foi a renúncia de Getulio Vargas, que aconteceu em 1945, estávamos no último ano do Ginásio. Na entrada do Colégio havia uma foto de Getulio, que na época era idolatrado por todos. Emocionada, D. Sally, professora de Canto, nos levou até o local e mandou cantar o hino de Getúlio “Viva o Brasil! Viva Getulio!” Depois, houve então um debate em sala de aula: “Renunciou ou foi deposto?” A professora de Português propôs a redação: 'Por que me ufano de meu país?' "
Jornal A Voz do Estudante, órgão literário dos estudantes do Ginásio Rio Branco. Maio de 1952. Acervo ECLB. |
- Profª Stella Aguiar, Português. Muito habilidosa, ela também lecionava Educação Artística, com aulas de bordado, desenho e trabalhos manuais. D. Stella mandava confeccionar num caderno bem grande, como se fosse um álbum, e recortar figuras de revistas, sobre diversas matérias, para uma página de Higiene, por exemplo, recortar figuras de sabonete, perfume, etc. Aprendíamos até a fazer flores de linha.
- Prof.ª Judith Arantes, Educação Física. Ensinava jogos e brincadeiras com atividades físicas, para ensinarmos às crianças.
- Como eram os desfiles escolares do Ginásio Rio Branco?
As professoras formandas da primeira turma de 1953:
A festa de encerramento das atividades letivas deste ano com a entrega de diplomas à primeira turma de professoras formada em Bom Jesus e a entrega de certificados a inúmeros concludentes do curso ginasial, foi um espetáculo deslumbrante para não dizer consagrador, aos esforços daqueles que, no recesso de seus gabinetes e no respeitável exercício da cátedra, inoculam o saber nos cérebros ávidos de conhecimento, dos homens e mulheres que amanhã farão a grandeza do Brasil. A presença de tanta gente, das altas autoridades civis, militares, do clero, prestigiando as solenidades do "Rio Branco" foi um justo e merecidíssimo prêmio a todos que mourejam naquele exemplar estabelecimento de ensino. Jornal O Norte Fluminense, 27.12.1953 (Veja aqui )
sexta-feira, 8 de outubro de 2021
Mentoria de Preservação de acervos no Espaço Cultural Luciano Bastos
A conservadora/restauradora Valeria Sellanes, mentora do Programa Hub+, entre Maria Cecília Costa Dias e Claudia Bastos, diretora do ECLB. |
Valéria Sellanes, Maria Cecilia Costa Dias e Paula Bastos |