quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Escola de Professores do Ginásio Rio Branco





Com as comemorações do dia do Professor se aproximando, desejamos trazer a memória e a história da formação de professores do antigo Ginásio Rio Branco, como homenagem aos dedicados mestres de ontem e de hoje. 

O ano de 1951 foi um marco importante na história de Bom Jesus, pela ampliação do seu setor educacional. Por ato do então Governador do Estado do Rio de Janeiro, Edmundo Soares e do Secretário de Estado da Educação, José de Moura e Silva, foi criada a Escola de Professores anexa ao Ginásio Rio Branco.


Em 17.02.1949, o sr. Olívio Bastos, diretor do Colégio Rio Branco, já anunciava que em breve Bom Jesus teria a tão almejada Escola de Professores. "Já estava se fazendo sentir a falta, nesta cidade, de uma escola de professores, a fim de que, aqui mesmo, se formassem os futuros mestres e mestras de nossa mocidade."


                                 

Jornal O Norte Fluminense, 17.02.1949 


No dia 24 de fevereiro de 1951, o jornal A Voz do Povo traz o anúncio da criação da Escola Normal, por ato do governador Edmundo Soares publicado em 26 de janeiro no Diário Oficial. 



Jornal A Voz do Povo, 24.02.1951


Escola Normal em Bom Jesus 

Funcionará junto ao Ginásio Rio Branco um curso de professoras – Mais uma vitória do sr. Olívio Bastos 


Por ato ainda do governo do cel. Edmundo de Macedo Soares e Silva, publicado no Diário Oficial do Estado em 26 de janeiro do corrente ano, foi criado junto ao Ginásio Rio Branco, desta cidade, um curso de professoras, que deverá reger-se pelas legislações federal e estadual aplicáveis à espécie.

Foi, sem dúvida alguma, mais uma vitória alcançada pelo sr. Olívio Bastos, proprietário de nosso Ginásio, que terá assim ampliado o seu campo de ação em benefício do ensino em nossa terra.

Como se sabe, a criação dessa Escola Normal era de há muito um dos maiores desejos do sr. Olívio Bastos, não só por possibilitar às formandas do educandário o ensejo de frequentar mesmo em Bom Jesus o curso de professoras, como também em virtude do consequente barateamento dos estudos. Conseguindo, portando, o seu intento, merece aquele cidadão os aplausos dos bonjesuenses, que terão de ora em diante um Ginásio muito melhor aparelhado a seu serviço.

Bom Jesus, a cada dia que passa, cresce no conceito das outras cidades como uma comuna altamente civilizada, onde o amor pelo estudo e pelas coisas do espírito é a característica principal dos habitantes.

Por isso, um curso de professoras será para nós um melhoramento inestimável, conseguido, aliás, graças ao temperamento empreendedor do sr. Olívio Bastos.

Deste modo, registrando nestas linhas tão auspiciosas notícias para os bonjesuenses, valemo-nos do ensejo para apresentar ao sr. Olívio Bastos os nossos parabéns, augurando ao Ginásio Rio Branco e todo o seu corpo docente muitas vitórias e alegrias nos dias futuros.







Quadro de Honra do Ginásio Rio Branco: as irmãs Maria Apparecida Gonçalves Dutra e Lucia Gonçalves Dutra: primeiro e segundo lugar do recém criado Curso Normal. 

Jornal A Voz do Estudante, outubro de 1951. 





                                             Jornal A Voz do Estudante, outubro de 1951. 

Admissão ao Curso Normal

O Ginásio Rio Branco organiza presentemente um curso preparatório para os exames de Admissão à Escola de Professores. As aulas iniciar-se-ão a 20 de Novembro próximo. Urge que os interessados façam de imediato as suas inscrições, para melhores esclarecimentos.



 As professoras formandas da primeira turma de 1953 ao lado da Diretora da Escola, Prof. Maria do Carmo Baptista de Oliveira: 

Therezinha Mansur, Maria Apparecida Gonçalves Dutra, Maria Stella de Oliveira Silva, Maria José Borges, Celia Carvalho Machado, Neuza Tinoco de Siqueira, Leysa Serodio de Mello, Dulce Pedrosa Leandro, Aryete Aguiar Talyuli, Maria Ferreira Ferolla, Juracy Aquino de Aguiar, Laura Silveira, Amélia Sallim, Lucia Gonçalves Dutra, Therezinha Namen Chalhoub, Aline Borges Campos, Maria da Penha de Freitas, Octalia Junia Fiori Boechat e Shirley da Conceição Loureiro.



  

 "Imponentes as solenidades de formatura no Ginásio Rio Branco

A festa de encerramento das atividades letivas deste ano com a entrega de diplomas à primeira turma de professoras formada em Bom Jesus e a entrega de certificados a inúmeros concludentes do curso ginasial, foi um espetáculo deslumbrante para não dizer consagrador, aos esforços daqueles que, no recesso de seus gabinetes e no respeitável exercício da cátedra, inoculam o saber nos cérebros ávidos de conhecimento, dos homens e mulheres que amanhã farão a grandeza do Brasil. A presença de tanta gente, das altas autoridades civis, militares, do clero, prestigiando as solenidades do "Rio Branco" foi um justo e merecidíssimo prêmio a todos que mourejam naquele exemplar estabelecimento de ensino."

Jornal O Norte Fluminense, 27.12.1953






























O Colégio Rio Branco, fundado em 1920, iniciou suas atividades na rua Aristides Figueiredo. Havia internato e externato. Em 1930 foi transferido para o prédio no Alto de Santa Rita, atual Praça Amaral Peixoto. Logo Bom Jesus tornou-se polo educacional da região, tendo sido o primeiro colégio a oficializar o ensino ginasial, isto em 1936.

Com noventa anos de serviços educacionais no Vale do Itabapoana, encerrou as atividades após o falecimento de seu diretor Luciano Bastos, em fevereiro de 2011.

Em Agosto de 2011, no mesmo local, foi criado o Espaço Cultural Luciano Bastos, homenageando aquele que por 53 anos esteve à frente da direção da escola. 

 Claudia M. B. Bastos do Carmo


                                                   


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terça-feira, 1 de outubro de 2019

Apresentação dos alunos do Studio Musicart

No dia 05/10/19, no Auditório D. Carmita do Espaço Cultural Luciano Bastos: apresentação dos alunos do Studio Musicart, dirigido pelos professores Thadeu Almeida e Juliana Pimentel.

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Lançamento do livro "Rumorejos do Monte Himalaya" no ECLB





A história da região norte-fluminense tem uma nova obra de grande importância para pesquisas, o livro "Rumorejos do Monte Himalaya", de Amelia Gomes de Azevedo, lançado pela Série Memórias Fluminenses, da Essentia Editora (IFFluminense), nessa quinta (26/09), no ECLB. 


Organizadores da obra "Rumorejos do Monte Himalaya": Pedro Paulo Garcia Catharina e Paula Aparecida Martins Borges Bastos



Os organizadores da obra, Paula Aparecida Martins Borges Bastos e Pedro Paulo Garcia Catharina, fizeram uma apresentação do livro, que foi originalmente publicado em 1894 e agora ganha nova edição, com tradução do texto em francês realizado também por Pedro Paulo, que é professor de línguas neolatinas pela UFRJ.


















Imagem da Folha de Rosto de Rumorejos do Monte Himalaya, edição original de 1894 


Trecho de um dos contos de Amélia, Três dias no Monte Himalaia, apresentado em concurso literário em Paris. Tradução de Pedro Paula Catharina.


O evento, que aconteceu no auditório do ECLB, também contou com a participação de algumas pessoas que vieram de Niterói, especialmente para o evento, como José Ferreira Catharina e sua esposa Talita Garcia Catharina e Marly Ferreira Ferolla. Estas, junto com Maria Cristina Borges, indicaram suas lembranças sobre a região do Monte Himalaya.











Marly Ferreira Ferola, residente em Niterói, prestigiando o lançamento do livro ao lado de Pedro Paulo Catharina.

José Ferreira Catharina (esquerda) e Talita Garcia Catharina, pais do organizador Pedro Paulo Catharina, e Luiz Tavares Borges (direita), presentes no lançamento do livro. 




Luzia e Nereida Silveira (esquerda), filhas de D. Ruth Fragoso de Azevedo Silveira, parentes da autora, presentes ao lançamento.


Professora Helena Almeida Costa




Claudia Bastos e Maria Cristina Borges





Livros publicados pela Série Memórias Fluminenses  - Editora Essentia - Instituto Federal Fluminense




Foto da capa: Fazenda Monte Himalaya. 
Desenho de Lilia Alves dos Santos.




Amelia Gomes de Azevedo

Amelia Gomes de Azevedo nasceu em 16 de abril de 1866, na Fazenda Monte Himalaya, em Campos dos Goytacazes, cujo território passou a pertencer ao novo município de Itaperuna, em 1890. Filha do açoriano Jacinto Antonio de Azevedo Mattos e de Jesuína Gomes de Souza Azevedo, a jovem Amelia fez seus estudos como pensionista no Colégio Brasileiro, no Rio de Janeiro, aprendendo a ler e escrever em francês. Nessa língua, participou de concursos literários em revistas francesas e belgas, tendo recebido diversos prêmios de destaque. No Brasil, publicou contos e folhetins em jornais da região e da cidade do Rio de Janeiro. Publicou os livros: Rumorejos do Monte Himalaya (1894) e Mercedes (1896). Faleceu aos 63 anos, em 1929, na Fazenda São João, no município de Itaperuna, onde foi morar após o casamento  com João Lucas da Costa, com quem teve uma única filha, Adelia de Azevedo Costa.




Amelia Gomes de Azevedo 
Desenho de Lilia Alves dos Santos, inspirado em fotografia gentilmente disponibilizada por Heloisa Piña Rodrigues, neta de Amelia.

Os organizadores Pedro Paulo Catharina e Paula Aparecida Martins Borges Bastos foram os responsáveis pelo prefácio da nova edição, onde discorrem sobre a contribuição cultural de Amelia:

"A contribuição deste volume 5 da Série Memórias Fluminenses está relacionada à recuperação da memória literária de mulheres escritoras no século XIX. (...) 
Com a publicação desta edição de Rumorejos do Monte Himalaya, de autoria de Amelia Gomes de Azevedo, pretende-se recuperar uma voz feminina no norte fluminense de fins do século XIX. Amelia não teve o destino de grande parte das mulheres de sua região, as quais em geral não tinham sequer os primeiros letramentos: foi educada na Corte, participou de concursos literários no Brasil e em outros países, publicou artigos e folhetins em jornais, lançou livros."



Informações sobre a obra:

Editora Essentia: http://essentiaeditora.iff.edu.br/ 

E-mail: essentia@iff.edu.br







quarta-feira, 18 de setembro de 2019

LANÇAMENTO DO LIVRO "RUMOREJOS DO MONTE HIMALAYA" NO ECLB





O Espaço Cultural Luciano Bastos (ECLB) convida para o lançamento da obra Rumorejos do Monte Himalaya, que ocorrerá no dia 26/09, quinta-feira, às 19h. A edição original é de 1894, de autoria de Amelia Gomes de Azevedo. 

O livro é o quinto volume da Série Memórias Fluminenses, publicação da Essentia Editora, do Instituto Federal Fluminense, tendo sido organizado pelos bonjesuenses Paula Aparecida Martins Borges Bastos (IFF) e Pedro Paulo Garcia Catharina (UFRJ). É também Pedro Paulo, que é professor doutor na UFRJ de línguas neolatinas, quem assina a tradução dos textos originalmente em francês.

Amelia Gomes de Azevedo nasceu em 1866, na Fazenda Monte Himalaya, na região atualmente entre os limites de Itaperuna e Bom Jesus do Itabapoana. Numa época de difícil acesso à educação na região, em especial a educação feminina, Amelia se destacou nas letras: após ter feito seus estudos no Rio de Janeiro, passou a publicar em jornais da região e também da capital. Rumorejos do Monte Himalaya, hoje considerado um livro raro, com essa nova edição da Série Memórias Fluminenses, passa a estar, felizmente, acessível ao público leitor.

Contamos com sua presença.





Lançamento do livro Rumorejos do Monte Himalaya
Data: 26/09/2019
Local: Espaço Cultural Luciano Bastos
Praça Amaral Peixoto 13 - Centro.
Bom Jesus do Itabapoana - RJ



terça-feira, 3 de setembro de 2019

VISITA ESCOLAR

Recebemos hoje a visita de alunos da Escola Adventista de Bom Jesus do Itabapoana, acompanhados das professoras Fabíola Castro e Wanusa Serafim.

É sempre um prazer ver o ECLB fazendo parte do roteiro educativo das escolas, pois a preservação do patrimônio cultural regional para as novas gerações faz parte de nossa missão.

Voltem sempre!!!













segunda-feira, 1 de abril de 2019

Turma de Pós-Graduação em História do Brasil da FSJ tem aula no ECLB

         No dia 30 de março, a professora Elaine Borges realizou oficina sobre História Local com seus alunos da Pós-Graduação Lato Sensu em História do Brasil, (Fundação São José - Itaperuna), no ECLB.

        Dentre as atividades desenvolvidas, os pós-graduandos visitaram as salas de exposição permanente, com especial atenção à Sala da Imprensa, que apresenta antigo maquinário de impressão gráfica e jornais publicados ao longo do século XX em Bom Jesus do Itabapoana.

    
      O ECLB possui diversos documentos que servem como fonte para pesquisa histórica, dentre os quais se destacam os periódicos locais. É possível conferir os títulos e numeração existentes no acervo em:









Professora Elaine, que é ex-aluna do Colégio Rio Branco, registrou momento de lembrança em uma das salas de exposição que relembra o antigo educandário

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Luciano Bastos, atleta.


Luciano Augusto Bastos


                                                                        Claudia M. Borges Bastos do Carmo


Conhecido como advogado, jornalista, político e educador, meu pai foi também jogador de futebol e desportista. Faleceu em 2011 e se ainda estivesse conosco, Luciano Augusto Bastos completaria 91 anos hoje.

Nasceu em 21 de janeiro de 1928, em Carangola, MG, filho caçula dos campistas Olívio Bastos e Vivaldina Martins Bastos. Chegou a Bom Jesus com a família em 1933, com apenas cinco anos. 



Sua história com o esporte começou cedo, uma paixão que levaria para toda a vida. Jogou futebol no Ordem e Progresso F.C., no Americano F.C. (Campos de Goitacazes) e no Olímpico F.C., e também praticou outras modalidades esportivas como voleibol, basquetebol e tênis de mesa.



Tendo iniciado com o irmão Esio no mundo do trabalho, na Gráfica Gutemberg, suas atividades na advocacia, política e educação não o fizeram se afastar jamais dos esportes. Foi um dos fundadores da Liga Bonjesuense de Desportos, que presidiu, e também do Tênis Clube. Foi dirigente do Aero Clube, onde deixou a marca de seu dinamismo. Presidiu o Olympico F.C. por duas vezes, em 1961 e 1986, dando novas dimensões ao clube, construindo a grande arquibancada e ampliando o estádio. Como Diretor do Colégio Rio Branco, e Secretário de Educação, Cultura, Esporte e Lazer, em 1988, sempre incentivou as atividades esportistas. Criou os Jogos Estudantis de Bom Jesus e o Campeonato de Futebol Rural.



O Espaço Cultural Luciano Bastos tem orgulho de guardar e proteger seu importante acervo, que ajuda a contar não apenas a sua história mas a preservar a memória do futebol de nossa cidade.























Começou a treinar no Juvenil do Ordem e Progresso F.C., em Bom Jesus do Norte, ES.








4º da dir. para a esq., em jogo de 1942

Ordem e Progresso F.C.

Perelca, Cid Borges, Mertudinho, Bronzeado, Isaac Rosa, Colombino, Abelino, Luciano Bastos, Niltinho, José Jabor, Nilo Ventura.








Em pé, ao centro, 6º da esq. para a dir. em jogo de 1942.

Ordem e Progresso F.C.

Em pé: Diretor da Escola Horácio Plínio; Demerval Bastos Tavares (Diretor), Nilo Ventura, José Jabor, Lengruber, Luciano Bastos, Jacy Marques, Gilberto, Leonides Catharina, José Cabeça Freire, Renato Wanderley (Diretores). Agachados: Manguinha, Wilson Carlos, Pedro Bronzeado, Aneril e Aquino.






Por pouco Luciano fez carreira em Campos dos Goitacazes: jogou no Americano F.C, onde foi campeão juvenil em 1943, com apenas 14 anos, mas a família, saudosa, pediu que voltasse.










































O quadro do time do Americano F. C., campeão de 1943: Heitor, Fernando, Maneco, Orlando e Filhote "Boudeistein"; Luciano Bastos, Tolinho e Votinho.






Jogador do Americano F.C. em 1943



Retornando a Bom Jesus, passa a jogar pelo Olympico F.C. 



Quadro do Olímpico F.C. em 12.12.1943: Luciano Bastos, Nico, Hilton, Thales, Binho Mathias e Eurico. Zuzu, Zezito Mathias, Paulo Carvalho, Aquino e Isaac Rosa. Venceu o Progresso F.C. por 6 x 1.







Olímpico de 1945: Luciano Bastos, Miro, Binho, Urbano, Herbert, Tito Nunes e Alípio. Agachados: Gato, Zezito, Matos, Donaldson e Isaac.







2º da esq. para a dir. Luciano foi atleta de voleibol do Aero Clube de Bom Jesus. Ao seu lado esquerdo, Ildefonso Bastos Borges. Maio de 1947.








Laje de Muriaé, 15.06.1947



























"Wilson Roseira, Luciano, Chiquinho, Zezito e Aquino, no dia em que derrotamos o Progresso por 5 x 0, em 23.11.1947." 



Em 1948 a equipe do Olímpico F.C. realizou excursão a Castelo, ES.


































A conquista do Campeonato Bonjesuense de Futebol pelo Olímpico F.C., em 1948, foi narrada pelo jornal A Voz do Povo. De acordo com o jornal:

“Luciano em belíssimo estilo empata a partida aos 15 minutos de luta e Zezito conquista o goal da vitória aos 40 minutos.” 




"Realizou-se domingo último no Estadio Carlos Firmo, em Bom Jesus do Norte, o encontro final e decisivo em disputa do campeonato bonjesuense de futebol e da taça oferecida pelo sr. Luiz de Matos, inspetor da “Liderança Capitalização S.A”, sagrando-se campeões os quadros titular e de reservas do “Olympico F.C.” desta cidade. (...)



O primeiro meio tempo pertenceu quase todo à equipe auri-verde, terminando o mesmo com o escore de 1 x 0 com um goal de autoria de Grilo, conquistado aos 40 minutos de luta. Reiniciada a peleja, passa a predominar a equipe auri-rubra, que diga-se de passagem, teve uma atuação brilhante frente ao seu grande adversário. Luciano em belíssimo estilo empata a partida aos 15 minutos de luta e Zezito conquista o goal da vitória aos 40 minutos. 



Estão portanto de parabéns todos os olímpicos e o seu esforçado técnico sargento Raul José da Silva com mais essa demonstração de fibra e tenacidade, desenvolvidas pelos 22 jogadores que tomaram parte nesse encontro decisivo pela conquista do título máximo do futebol local em 1948. (...)



A banda de música local “Lira Operária Bonjesuense” compareceu ao Estadio afim de homenagear o “Campeão Bonjesuense de Futebol”, tendo deliciado a todos os presentes com vários números de seu selecionado repertório. Os torcedores auri-rubros após o brilhante feito de seus pupilos, percorreram varias ruas da cidade cantando e dançando, dando expansão ao entusiasmo reinante, pelo troféu conquistado. 



As duas equipes do “Campeão Bonjesuense de Futebol de 1948” jogaram assim constituídas: Titulares –Celso; Bigode e Alipio; Luciano, Wilson e Fernando; Binho, José do Olinto, Gato, João Roco e Zezito. Reservas – Celio; Friaça e Aloysio; Nagibe, Adehildo e Helio; Percevejo, dep. Branco, Valinho, Helinho, Ary e Isaac. 



Na equipe auri-verde destacaram-se Wilson, José Cabeça, Chico Borges, Rodolfo, Grilo, Nery e Onofrinho. No quadro vencedor realçou mais a parelha de zagueiros formada com Alipio e Bigode, sendo que todos os demais foram muito esforçados."  (A Voz do Povo, 24.09.1949)


























                  


                      


IV Campeonato Estadual de Voleibol. Macaé, abril de 1954




Stand do Olimpico F.C. na Festa de Agosto. Década de 60.

Maria Helena Mathias, Luciano Bastos, Altamirando Pessanha (irmão do Governador Celso Pessanha), Prefeito Cesar Portugal, Secretário de Agricultura.











































Início da construção da arquibancada do Olímpico F.C.
Início das Obras de construção da gigantesca Arquibancada coberta do Olympico F.C. À frente o Dr. Luciano Bastos, Presidente da Administração, vendo-se ao lado o sr. José Silva, Benemérito do Clube e um dos grandes baluartes, Diretor de Obras.















02.04.1962











"No dia 23 de setembro de 1962 o Olympico, em festas, inaugurou a sua arquibancada coberta, a primeira a ser construída em nossa região. Foi uma epopeia maravilhosa, em que os associados e torcedores do clube se uniram e contando ainda com a participação da comunidade, chegaram ao triunfo final.” (Jornal O Norte Fluminense)




















A Diretoria responsável pela construção vitoriosa: Dr. Luciano A. Bastos – Presidente; Wilson Alves de Mello, Vice-Presidente; Dr. Moacyr Valinho Xavier, Secretário e Clério Gomes Lamônica, Tesoureiro. Sede do Olympico Futebol Clube. 



No dia 04.04.1963, o Olímpico F.C. festeja seu aniversário e, dentre a programação das comemorações, uma "peleja de volibol feminino" no Aero Clube, em homenagem "ao desportista Luciano Bastos". O jornal O Fluminense noticiou:

Olímpico (Bom Jesus) festeja aniversário hoje
O tradicional Olímpico de Bom Jesus do Itabapoana, comemorando, hoje, seu 29º aniversário, promoverá os seguintes festejos: Às 16 horas, na quadra do Grupo Pereira Passos, haverá um jogo de futebol de salão entre as equipes do Banco do Brasil (local) e a do BB de Itaperuna, em homenagem ao desportista Wilson Alves de Mello. Às 20 horas, em quadra iluminada do Aero Clube, teremos uma peleja de volibol feminino entre as moças do Itaperuna Tenis Clube e do Fluminense F.C. (São João da Barra), em homenagem ao desportista Luciano Bastos. Posteriormente, na sede do Olímpico, teremos um baile com o “Sexteto Rex”, onde será eleita a Rainha do Clube.


























Luciano Bastos ao lado de integrantes da equipe do seu querido Vasco da Gama, em 1965, que veio disputar partida amistosa com o Olímpico F.C. durante a Festa de Agosto.


Jornais do RJ noticiaram o evento:

Uma equipe mista do Vasco embarcará, hoje, para Bom Jesus do Itabapoana, a fim de realizar uma partida amistosa, amanhã, contra o Olimpico F.C. A delegação, que seguirá em ônibus especial, levará Eli do Amparo como técnico, e os jogadores são os seguintes: Miltão, Pedro Paulo, Hipólito, Sergio, Ze Carlos, Andrade, Laurindo, Bonin, Rangel, Amauri, Jorge, Araquém, Valdir e Ivã. (Última Hora, 14.08.1965)

Em partida que poderá ter entre o publico nada menos de três governadores (pelo menos os da Guanabara, ES e Est. Rio foram convidados) o Vasco da Gama jogará esta tarde contra o Olimpico F.C na cidade fluminense de Bom Jesus do Itabapoana, que comemora o seu aniversário. O Vasco aproveitará o amistoso para testar o ponta de lança Valdir Jacob, do Jabaquara, de Santos, devendo entrar em campo com o seguinte quadro, já escalado pelo técnico Eli do Amparo: Miltão; Hipolito, Sergio, Andrade e Zago; Ze Carlos e Bonin; Laurindo, Acelino, Aloisio e Rangel. (Jornal dos Sports, 15.08.1965)













Chegada de refletores novos para o Olympico F.C. 
Foram inaugurados em 13 de agosto de 1968, pelo Governador do Estado do Rio, Geremias Fontes.



Em pé: Acyr, Temildo Moraes, Douglas Dias, Dep. Tito Nunes da Silva, Dr. Luciano Bastos, Antonio Figueiredo, Elbio Tinoco Mathias (Binho), Tte. Décio Borges, Dr. Francisco Moraes Ferreira, Dep. Michel Salim Saad, Prefeito Jorge Assis de Oliveira, Dr. José Seródio, Quintino Carlos Vieira, Luiz Mello, Oscar Reis (Oscar Baiano). Agachados: Celso “Canário”, Clério Lamônica, José de Andrade, Geraldo Cyrillo, Dr. José Moraes Ribeiro, Elson Mathias, Isaac de Jesus Rosa.





Serão realizados, na próxima semana, os Jogos Estudantis de Bom Jesus do Itabapoana. Participarão todos os colégios e ginásios locais. O presidente da Comissão Central dos Jogos, prof. Luciano Augusto Bastos, informou que todas as providências foram tomadas para o êxito da promoção. (O Jornal, 1968)






Inauguração da Concentração Guilherme Mathias, em 1986.










Luciano Bastos ao lado dos amigos e craques olímpicos Dr. Francisco Pedro Barros Barroso, Dr. Braz Cyrillo Viceconte e Oscar Baiano.



Foto: Lançamento do livro "Do Sonho à Realidade", de Braz Cyrillo. Ex-atleta, treinador e Presidente do Olímpico F.C. por várias vezes, Braz fez uma administração progressista, construindo o Ginásio coberto, o alambrado, e a piscina do clube.



Em sua Galeria Histórica, no Jornal O Norte Fluminense, Luciano Bastos publicava fotos antigas do futebol bonjesuense, ajudando a preservar nossa memória.











Por todo seu trabalho e serviços prestados ao clube, Luciano Augusto Bastos recebeu o título de benemérito do Olímpico Futebol Clube.






Confira aqui o artigo "Luciano Bastos, uma vida em prol de Bom Jesus", com a sua biografia completa.




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