segunda-feira, 28 de setembro de 2015

O Clube do Livro e o prazer de uma boa leitura

Quando leio, deixo que o outro se aproxime de mim, com suas ambiguidades, suas verdades e mentiras. E vou me tornando mais livre, consciente de minhas próprias incertezas. Meu quintal cresce, e como aquele de Manoel de Barros, fica maior do que o mundo.

Já disse o historiador Leandro Karnal: "a ideia de estar na companhia de um livro é uma das ideias mais agradáveis que a nossa cultura inventou. Alguém que não lê terá uma infância muito solitária, uma juventude solitária, uma velhice muito solitária".

Pois de solidão não viverão os jovens que se reúnem em torno do Clube do Livro (Buchclub) em Bom Jesus, um grupo que tem em comum o amor à leitura e aos livros. E quando as pessoas se reúnem para comentar livros, isso só pode gerar boas ideias!



Como o bom leitor é generoso e gosta de compartilhar suas leituras, na última sexta-feira, membros do Clube do Livro foram ao ECLB apresentar proposta de realização de um evento literário, que com certeza será muito apreciado. A reunião, como não podia deixar de ser, ocorreu em nossa Biblioteca, é claro!


Anderson Fontes da Silva, Mayara Abreu Costa, Gabriel Ferreira, Diego Lemos, Luana Borges Scarpini, Heitor Pinheiro, administradores do Clube do Livro, e Paula Bastos, do ECLB.

Os preparativos do grupo já estão em andamento, e em breve esperamos divulgar a programação. Aguardem!


segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Acervo conta história - doação Manoel Mangaraviti


Objetos utilizados no passado ajudam a compreender as transformações por que passam as sociedades, permitindo detectar como as tecnologias eram produzidas e apropriadas pelas comunidades ao longo do tempo.

Dentre o acervo do ECLB encontram-se objetos do século XX relacionados com o trabalho de transmissão de energia elétrica, e que foram doados pelo Sr. Manoel Mangaraviti. 

Seu Manoel Mangaraviti trabalhou durantes anos na antiga Estação Força e Luz, que recebia energia da Usina Mangaravite e distribuía para a região (Bom Jesus do Norte, São José do Calçado, Apiacá, Bom Jesus do Itabapoana).

Manoel Mangaravite: objetos contam história de um período de trabalho na Estação Força e Luz

São muitas as histórias que S. Manoel tem para contar acerca desse período, tendo guardado com muito carinho durante anos alguns objetos que ajudam a preservar essa memória, e que foram doados ao ECLB em 2014. São amperímetros, conectores, megômetros e outros aparelhos do mundo mágico do reino da eletricidade.

Destaque especial para um telefone portátil, também conhecido como "telefone de campanha", que era utilizado pelos trabalhadores para detectar, ao longo de um trecho de fiação, em trabalho externo, onde estaria concentrado o problema que deixava partes da região sem energia elétrica.


Telefone de Campanha: forma de detectar problemas na transmissão ao longo da fiação elétrica

Quer conhecer um pouco mais sobre a Estação Força e Luz e a Usina Mangaravite em Bom Jesus do Norte?

Vale a pena conferir o documentário "Ruínas de Mangaravite" produzido por alunos da Escola Municipal Coronel Antônio Honório em 2011: 

Esse curta-metragem recebeu o prêmio de "Melhor Edição" na 1ª Mostra Capixaba de Audiovisual Histórico-Cultural. Veja detalhes em: http://itabapoana.blogspot.com.br/2011/09/bom-jesus-do-norte-es-roducao-de-alunos.html


USINA MANGARAVITE
Foto: Sergio Falcetti. Disponível: http://www.panoramio.com/photo/84396667 



Jornal O Norte Fluminense 1970





quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Lucineia do Nascimento Quintino: ex-aluna do Colégio Rio Branco

Lucineia do Nascimento Quintino estudou no Colégio Rio Branco de 1974 a 1981


         No último dia 31 de julho o Espaço Cultural Luciano Bastos recebeu com alegria a visita da Professora Lucineia do Nascimento Quintino, ex-aluna do Colégio Rio Branco no período de 1974 a 1981, acompanhada de seu filho Emanuel. 
            Obrigado pela visita!


Emanuel e sua mãe Lucineia ao lado de imagem do Barão do Rio Branco, Patrono do Colégio.




ECLB recebe doação da Dra. Maria de Fátima Alvarez Santos


ECLB recebe doação da dra. Fátima Álvares Santos 


      A engenheira do DER de Bom Jesus dra. Maria de Fátima Alvarez Santos doou para o Espaço Cultural Luciano Bastos um dossiê composto de cópias de fotos da inauguração do Fórum antigo de Bom Jesus do Itabapoana. O material foi cedido à dra. Fátima pelo engenheiro Paulo Pfeil Jr., filho do deputado e Secretário do Interior e Justiça do Estado do RJ no Governo de Geremias de Mattos Fontes.

     O antigo Fórum de Bom Jesus do Itabapoana, situado na rua Expedicionário Paulo Moreira, foi demolido em 1969. O novo prédio, projetado por Cláudio José Couto, foi construído no mesmo local e inaugurado em 25 de fevereiro de 1970 pelo Governador Geremias de Mattos Fontes, durante a gestão do Desembargador Alcides Carlos Ventura, do Tribunal de Justiça do RJ.






         O exemplar doado pela engenheira para o acervo do ECLB, contendo mais de 20 de páginas de fotos da inauguração do Fórum, certamente traz uma enorme contribuição para a preservação da memória de nossa cidade.

         “Cheguei em Bom Jesus em 1984 como Diretora da 19ª ROC – Residência de Obras e Conservação da Fundação DER – RJ e tive a honra de conhecer e conviver por muitos anos com o saudoso dr. Luciano Bastos. Portanto, me sinto muito feliz em dar essa singela contribuição ao Acervo do Espaço Cultural Luciano Bastos.”, disse. 

        O material está disponibilizado ao público para consulta local. 


Gino Bastos e dra. Fátima Alvares

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Colégio Rio Branco é tema de mestrado na UENF

    
Colégio Rio Branco


           Uma importante pesquisa sobre o Colégio Rio Branco vem sendo desenvolvida na UENF pela nortebonjesuense Suelen Ribeiro de Souza: filha de Aldanir Luiz de Souza e Maria Aparecida Souza Ribeiro, de Bom Jesus do Norte, Suelen nasceu em 1989, tendo estudado o curso técnico no IFF campus Bom Jesus e graduado-se em História, em 2011, pela Faculdade São José, em Itaperuna.

        Ao ingressar no Programa de Pós-Graduação em Políticas Sociais da UENF, no ano de 2014, Suelen se interessou pela linha de pesquisa "Educação, Política e Cidadania". Buscando desenvolver uma pesquisa que dialogue com a realidade de sua região de origem, Suelen percebeu que o Colégio Rio Branco, por sua trajetória na história educacional ao longo do século XX, possui uma relevância social que por si só justifica o tema de estudo. Assim nasceu seu projeto de mestrado, com orientação da professora Dra. Silvia Alicia Martínez e Coorientação da professora Dra. Renata Maldonado da Silva, e que tem como foco a história do Colégio Rio Branco.

      O acervo do Espaço Cultural Luciano Bastos tem sido uma importante fonte de pesquisa para o desenvolvimento de seu trabalho acadêmico, encontrando aí diversos documentos e periódicos de época que possibilitam traçar um panorama sobre a atuação do Colégio Rio Branco na área educacional.


Suelen Ribeiro de Souza: acervo do ECLB é fonte para sua pesquisa de mestrado sobre o Colégio Rio Branco

    
          Com base em sua pesquisa no acervo do ECLB, diversos trabalhos têm sido apresentados por Suelen em eventos científicos. Um deles, intitulado "A História do Colégio Rio Branco nas páginas do Jornal Norte Fluminense", foi apresentado no VIII Congresso Brasileiro de História da Educação, ocorrido em Maringá no mês de julho deste ano, no formato de comunicação individual.

       Além da pesquisa documental, Suelen pretende realizar entrevistas com ex-alunos, tendo como foco principal aqueles que estudaram no Colégio até a década de 1970. Através das entrevistas a mestranda pretende confrontar suas hipóteses sobre a importância social do educandário com a realidade apresentada pelos entrevistados que passaram pelos bancos escolares do Colégio Rio Branco.


      Confira abaixo o resumo de um dos trabalhos apresentado pela pesquisadora no ano de 2014. Foi durante a XIV Mostra de Pós-Graduação da UENF, em Campos dos Goytacazes, sob o título: "A Política Educacional: um estudo do Colégio Rio Branco, o curso de formação de professores e o sistema de bolsas".

Apresentação de poster na XIV Mostra de Pós-Graduação da UENF, Campos dos Goytacazes, 2014


A POLÍTICA EDUCACIONAL: UM ESTUDO DO COLÉGIO RIO BRANCO, O CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES E O SISTEMA DE BOLSAS

SOUZA, Suelen Ribeiro;
MARTINEZ, Silvia Alicia;
SILVA, Renata Maldonado.

O presente trabalho pretende articular a abordagem dos diferentes campos do saber, impulsionado pelo campo interdisciplinar. Tendo por objetivo discutir o sistema de bolsas, no Colégio Rio Branco, instituição privada situada no município de Bom Jesus do Itabapoana/RJ, enquanto política pública formadora de uma cultura escolar, nas décadas de 70 e 80 do século XX, coadunado a ação interna da escola com as diretrizes impostas pela Educação Estadual e Federal. Entende-se que "a cultura escolar desponta das diversas formas de interação no ambiente escolar na transmissão de conhecimentos do docente na relação do saber teórico e o saber escolar e as conexões entre vida escolar e reformas educativas (FARIA FILHO, 2004, p. 141). Para tal, propõe-se analisar esta discussão tendo como foco o conceito de "Capital Cultural" de Pierre Bourdier, compreendendo que "o capital consiste na transmissão feita principalmente na atmosfera sócio-familiar e mais de forma indireta do que direta, de modo que os herdeiros adquirem disposições socialmente construídas" (VIEIRA; DALLABRIDA, 2013, p.760). O presente tema será articulado a partir da história da fundação do CRB até as décadas analisadas. Essa pesquisa será realizada sob a perspectiva qualitativa, na base histórica (BODGAN; BIKLEN, 2009), onde entende-se como o estudo de um período de tempo, relatando o desenvolvimento da escola e as modificações que correram através dos anos. A averiguação dar-se através de análise de documentos, jornais (O Norte Fluminense) entrevistas e a apreciação do ambiente escolar preservado no "Espaço Cultural Luciano Bastos", nome concedido à instituição após o encerramento das atividades escolares. É mister salientar que na construção do aporte teórico será importante conceituar cultura escolar e política de assistência de bolsas. O intuito aqui é compreender a cultura escolar embutida na instituição e a influência que a política de bolsa exerce sobre ela. Tem-se por hipótese que a cultura escolar formada neste ambiente tem características peculiares por mesclar elites e os desvalidos, tendo na política de bolsas sua maior contribuição. Acredita-se que a assistência do poder público Municipal, Estadual e federal (ARQUIVO ESCOLAR, 2014) ocorre em detrimento da ausência de instituições públicas locais com oferecimento das modalidades de ensino oferecidos por esta instituição. "A história do Rio Branco se confunde por vezes com a própria história de nossa cidade, eis que sempre esteve presente aos grandes acontecimento bonjesuenses" (BASTOS, 1980, p.1). Conclui-se, que o CRB durante décadas ministrou a educação do povo bonjesuense, sendo assim ele é mais que um educandário, representa a "alma de Bom Jesus do Itabapoana" (SALES, 1997).

Palavras-Chave: Cultura Escolar, Política de Bolsa, Colégio Rio Branco e a Política Educacional.

Referências

BASTOS, Luciano. Colégio Rio Branco: Festeja sessenta anos de Fundação o Tradicional Educandário bonjesuense – idealismo e grandeza – programações durante o ano. O Norte Fluminense. Bom Jesus do Itabapoana, 11 de maio de 1980, Ano 34 nº 1.446, página 1.

BOGDAN, Roberto C; BIKLEN, Sari Knopp. Investigação Qualitativa em Educação. Tradutores: Maria João Alvarez, Sara Bahia dos Santos e Telmo Mourinho Baptista. Porto Editora: Portugal, 1994.

DALLABRIDA, Norberto. Os incluídos do exterior: trajetórias sociais de ex-alunos bolsistas de um colégio de elite (1952-1961). In: LOPES, Sonia de Castro; CHAVES, Miriam Waidenfeld (org.). A história da Educação em Debate: estudos comparados, profissão docente, infância, família e igreja. Rio de Janeiro: Mauad X: FAPERJ, 2012. p. 155-169.

FARIA FILHO, Luciano Mendes et al. A Cultura escolar como categoria de análise e como campo de investigação na história da educação brasileira. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.30, n.1, p. 139-159, jan./abr. 2004. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ep/v30n1/a08v30n1.pdf.

JULIA, Domenique. A Cultura Escolar como objeto histórico. Tradução do artigo de Julia: “La culture scolaire comme objet historique”, Paedagogica Historica. International journal of the history of education (Suppl. Series, vol. I, coord. A. Nóvoa, M. Depaepe e E. V. Johanningmeier, 1995, pp. 353-382).  Tradução: Gizele de Souza. Disponível em: http://moodle.fct.unl.pt/pluginfile.php/122509/mod_resource/content/0/Leituras/Dominique_Julia.pdf.

MARTÍNEZ, Silvia Alicia. A Escola Normal de Campos na gênese do processo de formação e profissionalização do magistério no Norte Fluminense. In: LOPES, Sonia de Castro; CHAVES, Miriam Waidenfeld (org.). A história da Educação em Debate: estudos comparados, profissão docente, infância, família e igreja. Rio de Janeiro: Mauad X: FAPERJ, 2012. p. 121-137.

SALLES, Herberto. Membro da Academia Brasileira de Letras. Visita ao Colégio Rio Branco em março de 1997.

VIEIRA, Letícia. DALLABRIDA, Norberto. Trânsfugas de classe social e de gênero: trajetórias sociais de egressas de um colégio público de florianópolis (segunda metade do século xx). ATOS DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO - PPGE/ME ISSN 1809-0354 v. 8, n. 2, p.757-777, mai./ago. 2013 DOI 10.7867/1809-0354.2013v8n2p757-777.




Dr. William Couto Gonçalves: falecimento


    Com grande pesar comunicamos o falecimento do Dr. Willian Couto Gonçalves, ex-aluno e ex-professor do Colégio Rio Branco. Desembargador do Tribunal de Justiça do Espírito Santo, fazia parte da Galeria Histórica de ex-alunos do Rio Branco. 
     Nossos sinceros sentimentos à família.


    Na foto, Dr. Willian e a esposa Cássia Figueiredo Gonçalves, também ex-aluna, em visita ao ECLB, no ano passado.

         Veja mais sobre a visita em: