João Baptista Assis, ex-aluno do Ginásio Rio Branco

João Baptista Assis: aluno do Ginásio Rio Branco de 1958 a 1960

Para o Espaço Cultural Luciano Bastos é sempre uma alegria receber a visita de um ex-aluno do Colégio Rio Branco. 

Ontem, dia 28 de junho, recebemos a agradável visita do sr. João Baptista Assis, acompanhado de sua esposa Romilda Figueiredo Assis. 

João Baptista iniciou os estudos em Bom Jesus do Norte, onde residia com a família, e após terminar o curso ginasial no Colégio Estadual Antonio Honório, fez o Curso Comercial no então Ginásio Rio Branco. Bancário aposentado, atualmente residindo em Magé, aproveitou a vinda a Bom Jesus para rever o local onde estudou.

Os visitantes percorreram as salas de exposição permanente contendo a memória do Colégio Rio Branco, bem como a Sala da Imprensa de Bom Jesus. Também puderam apreciar a exposição "Objetos esquecidos no Tempo...".

Aluno do Ginásio Rio Branco do 1º ano do Curso Comercial, em 1958, até o 3º ano, em 1960, quando se formou, João Baptista pode rever a sala onde estudou e nos contou boas lembranças do período de estudante.

"Não se exigia uniforme para o Curso Comercial, mas o traje social era obrigatório", lembrou João. "Relembro alguns colegas de turma: Ernesto Tavares Borges, Pedro Cordeiro, Paulo Junger, Afonso Borges de Rezende e dois filhos do Dr. Pery. Nossa formatura aconteceu no Aero Clube".

Entre recordações de amigos, professores e estudos, a mais marcante é o desfile escolar de 1960, que deu origem ao namoro do casal.

"Naquele ano, durante o desfile na Festa de Agosto, eu era um dos alunos que carregava a bandeira". A esposa Romilda completa: "Eu estava na sacada do sobrado do Cine Monte Líbano, onde residia minha tia Luzia, casada com o sr. Rachid, quando João passou desfilando em frente ao cinema, e um colega em comum me incentivou a conhecê-lo. Alguns dias depois, ainda durante a festa, iniciamos o namoro."

João Baptista: alegria em pode rever o convite de formatura contendo o nome dos colegas de turma.

Visitando a exposição "Objetos esquecidos no Tempo", João Baptista nos surpreende com uma lembrança: "Quando bem jovem, trabalhei na casa do sr. Olívio Bastos, fazendo pequenos mandados e lembro do sr. Olívio sentado ao lado desse rádio, ouvindo música".

João Baptista e Romilda: mais de cinquenta anos de feliz união

Ao final da visita o casal deixou mensagem gratificante para o ECLB:

"Parabéns aos filhos do dr. Luciano Bastos por este grande trabalho e dedicação ao Espaço Cultural em sua homenagem, mantendo viva a memória do Colégio Rio Branco e da cidade de Bom Jesus do Itabapoana". (João Baptista) 

"Muito bom recordar o passado e conhecer o colégio onde estudou e formou meu marido. Fiquei muito emocionada em recordar as coisas da minha época". (Romilda)

Nós do ECLB ficamos felizes e emocionados em recebê-los e agradecemos as recordações partilhadas!

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Em 2019, recebemos o texto do Sr. João Baptista Assis descrevendo sua visita ao ECLB, enviado por seu filho, João Marcus Figueiredo, que transcrevemos na íntegra abaixo:

Visita inesquecível ao Espaço Cultural Dr. Luciano Bastos

Recentemente o meu filho João Marcus, professor da UNIRIO e sua esposa, Evonilde, Psicóloga, residentes no Rio de Janeiro, visitaram o Espaço Cultural Dr. Luciano Augusto Bastos em Bom Jesus do Itabapoana-RJ. Este instalado no tradicional Colégio Rio Branco, do qual tiveram ótima impressão sobre o acolhimento e o trabalho ali desenvolvido. Com isso nos incentivaram a conhecer também aquelas dependência. Disseram que não poderíamos deixar de ir visitar.

Em junho de 2017 eu e minha esposa Romilda tivemos a oportunidade de fazer nossa visita ao Centro Cultural. Fomos recebidos com toda gentileza e carinho pelos filhos do Dr. Luciano, a Cláudia e o Gino, que dirigem aquele espaço com dedicação e como verdadeiros vocacionados, dispostos a manter viva a memória do seu pai, Dr. Luciano, que dedicou sua vida ao trabalho como educador no tradicional colégio, bem como à imagem da cidade de Bom Jesus, na qual ele atuou em diversas atividades, com entusiasmo e dedicação para o bem da cidade. Tudo isso é retratado na bela organização daquele espaço dirigido por seus filhos, aos quais apresentamos nossos parabéns.

Acompanhando a Cláudia, sempre muito gentil, íamos tomando conhecimento dos diversos maquinários e impressoras raríssimas, importadas da Europa, usadas na impressão do jornal “O Norte Fluminense”, passamos por salas com exposição de fotos antigas do Colégio, fotos de alunos, professores, do Sr. Olívio Bastos, dedicado administrador do Colégio Rio Branco por longos anos, pai do Dr. Luciano, do Sr. Ezio Bastos, jornalista e da Sra. Maria Ruth Guerra. Havia ainda grande quantidade de fotos e ilustrações da cidade de Bom Jesus, variedade de relíquias que nos revelam um passado de saudosas recordações.

Nos anos de 1958 a 1960 fiz o curso de Comércio no Colégio Rio Branco, tendo me formado em 1960. Nesse ano participei do desfile escolar pelo Colégio carregando a bandeira nacional no dia sete de setembro, data em que conheci minha esposa. Um amigo meu namorava a prima dela, então conversando com ele manifestei-lhe o desejo de conhece-la e falei-lhe sobre o desfile do colégio e da bandeira que eu levaria. Ela não me conhecia pessoalmente, mas já tinha informações a meu respeito e ele passou a ela os detalhes a respeito do desfile.

Quando o desfile passara na Praça Governador Portella a Romilda estava na sacada do edifício do Cine Monte Líbano onde morava sua tia Dona Luzia, esposa do Sr. Rachid, de onde me viu passar. Naquele momento já sabendo sobre a bandeira que me identificara. À noite, após o desfile nos conhecemos pessoalmente em frente ao cine Monte Líbano. Esse acontecimento tem ligação direta com o Colégio Rio Branco e em janeiro de 2019 completamos cinquenta e sete anos de matrimônio, com a graça de Deus.

Ao visitar a sala onde estudei, e sentado em uma das carteiras recordei-me saudoso do meu tempo de estudante no curso de Comércio.

Na sala de exposição de peças antigas e relíquias tive uma surpresa emocionante, quando me deparei com um aparelho de rádio antigo com caixa de madeira da década de 1940. Ali comecei a me lembrar da minha ligação com o aparelho e disse a Claudia: “conheço este rádio da casa do Sr. Olívio Bastos e de Dona Vivaldina, seus avós”. Ela confirmou que pertenceu a eles. Esclareci então que quando eu era criança, com mais ou menos doze ou treze anos fui à casa do Sr. Olívio e Dona Vivaldina para fazer pequenos serviços como cuidar do jardim do grande quintal onde havia criação de galinhas, patos, perus, etc.

O Sr. Bastos, como era conhecido, ficava sempre na sala sentado em uma cadeira ao lado daquele rádio, sintonizado sempre na Rádio Nacional, principal emissora da época.

Lembro-me que um dia tocava uma música, quando Dona Vivaldina falou: “O Caymmi gosta de fazer músicas sobre a Bahia.” Na época eu não entendia de música ou de cantores. Mais tarde compreendi que se tratava do cantor e compositor Dorival Caymmi, que naquela época já era famoso no Brasil.

Essas são algumas de tantas recordações que guardo da minha infância vivida nas duas cidades: Bom Jesus do Norte – ES e Bom Jesus do Itabapoana – RJ naqueles anos idos. Agradeço o trabalho do Espaço Cultural Dr. Luciano Augusto Barros por ter me avivado ainda mais essas memórias.

João Baptista Assis

Atualizado em setembro de 2019.