sexta-feira, 3 de julho de 2015

Dirceu Ferolla, ex-aluno do Colégio Rio Branco

Dirceu Ferolla, aluno do Colégio Rio Branco, 1947 - 1954


        Dirceu Ferolla nasceu em Bom Jesus, foi aluno do Colégio Rio Branco do 1º ano Primário, em 1947, até o 3º ano Ginasial, em 1954, quando saiu para estudar fora, aos 13 anos. Atualmente residindo no Rio de Janeiro, esteve visitando o Espaço Cultural Luciano Bastos, em companhia da filha Andrea Reis Ferolla e da prima Lenice Xavier.

    Pedimos que ele compartilhasse algumas lembranças do seu período no Colégio. Confira o que ele contou:



      "Meus irmãos também estudaram aqui: Sérgio, Benito e Guido. Lembro que todos terminaram o ginásio e depois foram para Campos ou Niterói para estudar. Eu era o caçula e saí daqui aos 13 anos. O tempo que vivi aqui me marcou muito." 

     “D. Carmita foi, certamente, a presença inesquecível. Eu vivia de castigo na biblioteca, porque ela me botava para escrever 500 vezes que eu tinha que respeitar a professora. Eu não era hiperativo, era apenas bagunceiro, gostava da brincadeira fora do horário e aquilo a incomodava. Vivia aqui no Colégio, de castigo; estudava de manhã e voltava à tarde para escrever as 500 linhas. D. Clarice acalmava tudo, era nossa mãezona, para segurar a fera que era a irmã dela. Também me lembro de uma tia, Aurora, e do Dr. Hélio, professor de latim, matéria que a maioria não gostava de estudar"

     "A grande recordação que tenho é que eu, muito pequenininho, era apaixonado por minha colega Maria Alexandrina. Mas ela era a primeira aluna, só tirava 10 e eu era um dos últimos, só tirava três ou quatro. Ela sempre terminava primeiro a prova e eu logo saía atrás dela sem terminar a minha"

     "A amizade entre os colegas é uma das mais gratas lembranças que ficaram. Antes de ir para o Colégio, acordava bem cedinho e ia passando na casa de cada um, batendo em sua janela, e assim em grupo íamos direto para o campinho do Fluminense jogar futebol. Era o tempo de voltar para casa, tomar banho e estudar"

     “A preparação para os desfiles de 7 de setembro é, com toda a certeza, uma das coisas mais marcantes para mim desse tempo. Eu participava da turma que andava de bicicleta pelas ruas da cidade"
   
    "A primeira vez que retornei a Bom Jesus foi no ano passado, após 50 anos. Eu não adaptei, porque achei uma Bom Jesus muito diferente da que eu conhecia. Por exemplo: saindo do Colégio, descendo a rua, a casa da minha avó era ali na esquina e ali acabava a cidade, não tinha mais nada, da av. Pe. Mello para trás não tinha mais nada. Por encontrar uma cidade completamente diferente, estranhei a cidade, cumpri o compromisso social e fui embora. Porque eu procurava o que eu queria ver e não achava. Dessa vez, não. Minha filha Andreia teve a iniciativa dessa vinda aqui, ela quis conhecer minha cidade. E dessa vez nós nos demos muito bem e já estamos sentindo pena de ir embora. Já marquei prá voltar daqui há um ano. Adaptei à cidade"

     "Aqui, hoje, eu sinto muita falta de olhar lá embaixo, a escada que dava para a quadra de esportes. Como toda criança, a gente gostava dali, era onde fazíamos as brincadeiras, a ginástica, o esporte. Ali era o local onde era sempre cantado o hino do Colégio. Me lembro também da entrada separada, dos meninos e das meninas, não entendia o porquê. Era uma época diferente, romântica, muito inocente"

     "A felicidade é muito grande de voltar aqui. Fiquei realmente muito emocionado ao rever as coisas que vivi aqui. Pude até mesmo rever a carteira que eu usei"


Dirceu e a filha Andrea 





Os visitantes numa das antigas salas de aula, onde hoje se encontra o acervo da Imprensa, com a Diretora do ECLB, Claudia Bastos






Lenice Xavier, Dirceu Ferolla e Andrea Ferolla











2 comentários:

  1. Revendo essa matéria depois de um ano não tenho como não comentar a alegria de ter ido Bom Jesus conhecer a cidade aonde meu pai viveu a infância e estudou seus primeiros anos escolares. Adorei. Foi tudo excelente. Espero voltar ano que vem. Agradeço a acolhida da Claudia nessa visita. Foi emocionante conhecer o antigo Colégio Rio Branco e o atual Espaço Cultural Luciano Bastos. Tudo muito bem cuidado. Adorei.

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  2. Agradecemos o carinho, Andrea. Isso tudo nos estimula a continuar com nosso projeto. Abraços.

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