sexta-feira, 21 de outubro de 2022

Olívio Bastos, diretor do Colégio Rio Branco


Olívio Bastos nasceu em Campos dos Goitacazes, RJ, em 19 de outubro de 1889. Em 1933, assumindo o cargo de Administrador da Cia. Ferroviária Itabapoana, que pertencia à Leopoldina Railway Ltda, veio com sua família para Bom Jesus, cidade na qual viveu dedicado ao progresso da terra bonjesuense. Em 1939 assumiu a direção do Colégio Rio Branco, introduzindo grande transformação no tradicional Colégio, ampliando e construindo salas novas, laboratório e a quadra de esportes, tornando-o um modelo pedagógico na região. Permaneceu como diretor da escola até 1957, quando faleceu, aos 68 anos, no dia 29 de novembro.

Texto do jornal O Norte Fluminense (17/07/2016)

OLÍVIO BASTOS E SUA ATUAÇÃO PELO DESENVOLVIMENTO DE BOM JESUS

Olívio Bastos nasceu em Campos dos Goytacazes (RJ) aos 19 de outubro de 1889. Em 1933, veio com sua família para Bom Jesus, assumindo o cargo de Administrador da Cia. Ferroviária. Naquela época, a Estrada de Ferro, que ligava Bom Jesus do Norte ao distrito mimosense de Itabapoana, passava por grave crise econômica e financeira e o seu proprietário, João Soares, a entregou à Leopoldina Railway Ltda. para comandá-la. Esta, por sua vez, enviou Olívio Bastos para administrá-la.

Na Cia. Ferroviária Itabapoana, Olívio Bastos imprimiu uma grande administração, colocando as estações bem aparelhadas e reparando o leito da linha férrea. Além disso, repuxou locomotivas, remodelou o carro de passageiros e estabeleceu o tráfego mútuo com a Leopoldina, tendo criado a Caixa de Aposentadorias e Pensões para os empregados.

Imprimiu administração moderna para a época com venda de passagens diretas para o Rio, Vitória e Niterói, instalando linha telegráfica em tráfego mútuo com a Leopoldina para o transporte de café de Bom Jesus para a estação destinatária. Para se ter uma ideia, já em setembro de 1933 foram transportadas 32.936 sacas de café.
Olívio Bastos assumiu também a Empresa Luz e Força ltabapoana, empreendendo ali uma radical transformação administrativa. Essa empresa, também sediada em Bom Jesus do Norte, passou a receber melhoramentos refletindo no benefício dos seus funcionários e da população, estendendo seus fios até Santo Eduardo, distrito de Campos dos Goytacazes (RJ).

Foi um dos fundadores do Centro Popular Pró Melhoramentos de Bom Jesus e fez parte da sua primeira diretoria, na qualidade de tesoureiro, sendo, depois, seu Presidente. Com extraordinário tino administrativo, promoveu ampla reforma no Hospital São Vicente de Paulo, que estava fechado, advindo daí o crescente desenvolvimento dessa grande instituição. Também o Colégio Rio Branco recebeu de Olívio Bastos os benefícios de sua visão administrativa. Assumindo a direção em momento difícil para o educandário, coube a ele introduzir grande transformação no tradicional Colégio, ampliando e construindo salas novas, laboratório, e a quadra de esportes.

Olívio Bastos foi um dos fundadores do Rotary Clube de Bom Jesus e um dos fundadores do Aero Clube de Bom Jesus em 1942, tendo presidido esta sociedade. Participou ativamente das atividades em Bom Jesus, colaborando para o progresso da terra bonjesuense e de sua gente.

Casado com a professora Vivaldina Martins Bastos, de tradicional família campista, desse enlace nasceram os seus filhos Esio Martins Bastos, jornalista, comerciante e fundador do jornal "O Norte Fluminense", Luciano Augusto Bastos, advogado, educador e diretor do Colégio Rio Branco, por vários anos, e Maria Ruth Bastos Guerra, viúva de José Sebastião de Vasconcelos Guerra, funcionário aposentado do Banco do Brasil.

Olívio Bastos faleceu nesta cidade no dia 29 de novembro de 1957, aos 68 anos de idade. A vida de Olívio Bastos é um hino de trabalho e dedicação em prol desta terra. Trazendo o conhecimento administrativo que ele recebeu dos ingleses da Leopoldina Railway, empregou em Bom Jesus todo o seu vasto cabedal administrativo, sendo mesmo um pioneiro, à época em que éramos ainda distrito de Itaperuna. Era um administrador enérgico, porém justo e humano, além de pautar seus atos com dignidade e honradez.

Sua vida de grande administrador será sempre um espelho para a juventude bonjesuense.




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