sexta-feira, 30 de março de 2012

Abertura da Exposição MÃOS QUE BORDAM

O Espaço Cultural Luciano Bastos abriu sua programação de 2012, no dia 28 de março, com a exposição Mãos que Bordam, curadoria de Claudia Bastos.




  




Esta exposição convida você a viajar no tempo através de antigos bordados feitos a mão e a máquina de costura, com fazendas, linhas e agulhas, revelando histórias contadas por cada uma das MÃOS QUE BORDAM...





Roca de fiar e ao fundo, máquina de costura manual e ferro de passar a brasa. Acervo ECLB


Vídeo produzido pelos jovens Renan, Laís e Thaís mostra as bordadeiras que sempre trabalharam e continuam exercendo essa arte em nossa cidade.






Vestido bordado a mão por Maria José Borges do Couto, aluna da primeira turma de normalistas do Colégio Rio Branco. 

Bordados em materiais diversos.

Bordado em vagonite por Wilma Borges Reis.

Lençol com monograma. Bordado em crivo por Leonor Porcina do Carmo e com cheio por Maria Tereza Dutra Baptista (Mariazinha). Década de 50.



Mãos brasileiras, mãos bonjesuenses. 
Mãos libanesas e mães libanesas, que souberam costurar culturas e heranças de uma arte familiar. 
O bordado é uma arte nobre, exige paciência, delicadeza e ternura. São peças que necessitam tempo e persistência... quase sempre motivadas pela intensidade do amor.
 
Nessa exposição cada toalha, cada lençol, cada camisola... carrega uma época, um lugar, um enredo - eternizados pelos traços de muitas mãos...


Peças bordadas pelas libanesas radicadas em Bom Jesus. Ao fundo, toalha bordada


Monograma bordado por Malvina Naked Saad para seu casamento com Salim Hanna Saad. Década de 20.

Camisola bordada no Líbano por Júlia Abib para seu casamento com Karin João na primeira década do séc. XX. Ao lado, colcha em frivolité bordada por Júlia na década de 40.

Toalha bordada em frivolité por Julieta Nacif. Década de 50.



AULAS DE ARTE

O Colégio Rio Branco, durante gerações, ensinou a arte do bordado em suas aulas de arte. Algumas das peças bordadas em sala de aula estão aqui expostas. Muitas vezes as alunas utilizavam o mesmo risco, porém suas mãos compunham um toque pessoal que faz de cada peça aqui exposta uma obra única. A singeleza de um tempo de sonhos se demonstra e compõe uma homenagem às professoras de arte que por aqui passaram.







Centro de mesa bordado em ponto cheio por Helida Guedes Monteiro. Década de 50.


Passadeira bordada em ponto de laçada e cheio por Lúcia Gonçalves Dutra de Oliveira. Década de 60.

Vestido bordado por Georgina Mello Teixeira para festividade no Colégio Rio Branco. 
Data: 1948

Detalhe do bordado


D. Nina trouxe para a exposição um belo bordado em casinha de abelha dupla, confeccionado por sua tia Carolina Diniz Mello, a tia Calu. Década de 50.



As Mãos de Dona Odete, a Vovó Niniu dominavam como ninguém a renda irlandesa - um trabalho exclusivamente artesanal, que envolve a aplicação de rendas - além de outras variadas e antigas técnicas de bordados. Sendo professora de trabalhos manuais por muitos anos no Colégio Rio Branco, pôde ensinar a arte a várias gerações.

Essa exposição é em homenagem a ela, que incentivou a arte do bordado a suas filhas e netas e influenciou seus inúmeros alunos.

 
Prof.ª Odete Tavares Borges e alguns de seus bordados. Foto Alba Lívia Travassos.


Monograma bordado em ponto cruz pela mãe de Odete, Ercília Alves Bastos, para seu casamento com Vicente Pedro Tavares em 1905. Odete nasceu em 09/11/1916 e herdou de sua mãe o gosto pelos trabalhos manuais.


Palas de Renda irlandesa, especialidade de Odete Tavares Borges, compunham o enxoval de recém-nascidos e noivas de nossa região.




Bordados por Odete Tavares Borges e sua filha Ercília Borges do Carmo. Década de 60 e 70.

Renda irlandesa com cadarço em crochê tecido por Leny Borges Bastos. Década de 70





Pedro Salim foi o anfitrião do evento


Que bom que você veio aqui nessa noite. Você vai se envolver em cada fio das muitas histórias escritas com agulhas e tecidos dessas artistas.

Em nome do Espaço Cultural Luciano Bastos, nós gostaríamos de agradecer

· A todas as pessoas e famílias que cederam as peças expostas nessa exposição.
· Às pessoas que emprestaram suas peças e com elas parte de sua história também.
· Aos jovens talentos Renan, Laís e Thaís, que doaram seus dons para ajudar a montar esse acervo.
· À Ercilia e Claudia Bastos que doaram suas mãos para confeccionar essa exposição e trazer aos nossos olhos coisas belas!

A partir desse momento, está aberta a sala da América Latina para visitação e apreciação das obras artesanais.

Exposição aberta de 3ª a 6ª feira, das 9 às 11h e das 13 às 16h30min. 


O Espaço Cultural Luciano Bastos reservou um momento, logo após a abertura, para uma apresentação musical, executada por Jorge Ubirajara e seus convidados.





















sábado, 10 de março de 2012

Um olhar mais atento sobre a cidade...

A história de um lugar também pode ser contada através de sua arquitetura. Nos detalhes das fachadas das casas desvendamos a exterioridade de um tempo que pode ser passado, presente ou futuro. Tudo depende do olhar e da ação humana...