Confira abaixo os resumos dos trabalhos apresentados:
PARA MANTER A
MEMÓRIA VIVA: ENTREVISTANDO PROFESSORES, ALUNOS E FUNCIONÁRIOS DO COLÉGIO RIO
BRANCO
Laís Barros de
Oliveira1; Renan Torres da
Silva Pereira1; Paula Aparecida Martins Borges Bastos2
1 Colégio Estadual Euclides Feliciano Tardin – Bom Jesus do Itabapoana - RJ
2 Campus Bom Jesus do Itabapoana / Instituto Federal Fluminense – Bom Jesus
do Itabapoana - RJ
A memória oral merece destaque no processo de
reconstrução do passado e através da junção dos relatos de cada indivíduo é
possível conhecer o passado de um grupo. Esse é o caso de alguns museus que
buscam preservar a história de grupos sociais específicos, como por exemplo, os
grupos escolares. Em Bom Jesus do Itabapoana, isso pode ser observado através
do Espaço Cultural Luciano Bastos (ECLB), que usou as lembranças do período
escolar do Colégio Rio Branco, para transformá-las em museu, visando preservar essas memórias.
Pretendeu-se com o presente trabalho apontar, através de entrevistas, as
experiências escolares de alunos, professores e funcionários que passaram pelo
Colégio Rio Branco da cidade de Bom Jesus do Itabapoana. Estabeleceu-se para as
entrevistas um questionário seguindo um roteiro com uma introdução
identificando o entrevistado, um desenvolvimento relatando a trajetória escolar
e uma conclusão apontando observações sobre o assunto. Foram estipulados três
tipos de entrevistas: a primeira em quem foram formuladas uma série de
perguntas ao entrevistado que por sua vez passou as respostas para o papel;
outra em que as respostas colhidas foram transcritas pelo próprio
entrevistador; e por fim a entrevista filmada, que foi desenvolvida por meio de
gravações em uma câmera digital profissional. Após este processo estas
entrevistas passaram a compor o Arquivo sobre a memória escolar no Espaço Cultural
Luciano Bastos. Foram entrevistadas 30 pessoas. Seis dessas entrevistas foram
filmadas e vinte e quatro escritas. O período em que essas pessoas estudaram no
Colégio Rio Branco abrange desde 1950 indo até 2003. Cada indivíduo enaltece
algumas de suas melhores lembranças da vida escolar, sendo possível observar
que o momento destacado, seja do aluno, do professor ou do funcionário é para
eles inesquecível, pois se trata de uma fase que foi especial na vida destas
pessoas. Muitos dos entrevistados destacam também as relações entre os
professores e os alunos, a qualidade de ensino que era transmitida pelo Colégio
Rio Branco, a amizade entre os colegas, e as características mais marcantes da
classe. Como foi um Colégio que atendeu grande parte da população bonjesuense
durante décadas, observa-se a importância de manter e preservar as lembranças,
pois é através delas que a memória se torna viva no cotidiano.
Palavras-chave: memória escolar; memória oral; Espaço
Cultural Luciano Bastos; museu
FOTOS QUE CONTAM HISTÓRIA
Thais Cerqueira Faria1; Claudia Pereira Moutinho1; Paula Aparecida Martins Borges
Bastos2
1 Colégio
Estadual Euclides Feliciano Tardin – Bom Jesus do Itabapoana
2 Campus Bom Jesus do Itabapoana / Instituto
Federal Fluminense – Bom Jesus do Itabapoana - RJ
A fotografia compõe um excelente acervo de museus, pois suas imagens podem revelar fatos passados, e ajudam a compor a história que se pretende preservar. Em Bom Jesus, existiu um colégio chamado Rio Branco, que funcionou de 1920 a 2010. Era uma escola antiga e cheia de histórias, pois o ex-diretor do colégio, o senhor Luciano Bastos guardou durante anos, muitos documentos referentes à região, dentre os quais muitas fotos. Em sua homenagem o antigo prédio escolar transformou-se em Espaço Cultural Luciano Bastos (ECLB), incluindo todo seu acervo documental e mobiliário. O presente trabalho teve por objetivo a digitalização de fotografias que compõem o acervo museológico do Espaço Cultural Luciano Bastos. Para fazer esse trabalho foram digitalizadas fotos utilizando a câmera de modelo Sony, DSC – HX1 com 9.1 megapixels. Com a digitalização, parte delas foi utilizada para a montagem de um slide a ser usado em uma sala de exposição do ECLB. Observou–se que as fotos originais do acervo encontram-se bem preservadas. Estima-se que haja aproximadamente 10 mil fotos. Dessas foram digitalizadas 446 fotografias, sendo utilizadas 136 delas para a montagem do slide. O slide está fazendo parte de uma das salas de exposição da memória escolar do Colégio Rio Branco no Espaço Cultural Luciano Bastos, onde deu-se ênfase à lembrança escolar através de fotos. Durante a inauguração do ECLB e em visitas de ex-alunos, muitos se emocionaram quando observaram suas fotos expostas na sala de exposição. São fotos de alunos em sala de aula, em desfiles escolares, formaturas e até de alguns lugares da cidade, que abrangem um longo período, indo desde a década de 20 até o início de 2000. A fotografia é de grande ajuda, quando se trata de uma restauração da memória social e local, sendo uma excelente ferramenta para restauração desse passado, por isso sua importância. É essencial o conhecimento do nosso passado, para se ter uma resposta para o presente e para o futuro.
Palavras-chave: fotografia; Espaço Cultural Luciano Bastos; memória; museu
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