 |
Maestro Levy Xavier |
O Espaço Cultural Luciano Bastos recebeu das mãos de Lenice Xavier de Almeida, a doação de manuscritos e três instrumentos musicais de seu pai, o Maestro e compositor Levy de Aquino Xavier (1904-1970).
 |
Acompanhada do esposo José Roberto Almeida, Lenice Xavier fez doação de manuscritos e instrumentos do pai ao ECLB |
Figura importante na história da música de Bom Jesus do
Itabapoana e região, os instrumentos doados - violino, trompete e clarinete, acompanharam
o maestro Levy Xavier durante sua trajetória profissional.
Agradecemos a Lenice Xavier pelo gesto, que contribui com
nossa história e enriquece o acervo cultural do ECLB.
%2011.32.00_4e5f2129.jpg) |
Levy Xavier, a esposa D. Inah e os filhos Maria José, Samuel e Lenice. |
Em pesquisa, identificamos Levy Xavier em uma das fotos
do acervo do ECLB, de 1939, com o trompete nas mãos, que ilustra a Galeria
Histórica publicada em 28.10.2017 por Luciano Bastos no Jornal O Norte Fluminense, e
reproduzida a seguir.

Inauguração do Bar Itamaraty do "Dodô Elias" - 1939
Em 1º de Janeiro de 1939 foi instalado o Município de Bom Jesus do Itabapoana, criado pelo Decreto nº 633 de 14 de dezembro de 1938, assinado pelo Cmdt. Ernani do Amaral Peixoto, Interventor no Estado do Rio, época do Estado Novo de Getulio Vargas. A cidade viveu intensamente momentos de festa e alegria. Bom Jesus voltava a ser município independente, após a absurda e injusta cassação da sua primeira autonomia, efetivada em 8 de maio de 1892, pelo Governador Thomaz Porciúncula.
O povo nas ruas e praças, uma festiva e incontida alegria dos bonjesuenses, passeatas, confraternização com as autoridades e o primeiro Prefeito designado, José de Oliveira Borges, o inesquecível “Zezé Borges”. E, como não poderia deixar de ser, muitos bailes.
INAUGURAÇÃO DO BAR
Nesse ambiente maravilhoso e feliz, foram muitos os dias comemorados e festivos, e entre estes, o da inauguração do novo bar da cidade, que levou o nome de “Bar Itamaraty”, iniciativa do sr. Leovergildo Nunes da Silva, mais conhecido como “Dodô Elias”, da tradicional família dos Nunes. O nome do Bar não “pegou”, pois sempre foi chamado “Bar do Dodô Elias”. O local era na esquina da rua Dr. Abreu Lima com a rua Tte. José Teixeira, no centro da cidade. A entrada para o salão era pela “Abreu Lima” e a do Bar pela “Tte. José Teixeira”, que se interligavam.
A foto é grandiosamente histórica. De um lado a comemoração à nossa autonomia. De outro, o Conjunto musical que atuou, da melhor estirpe da cultura bonjesuense. Sentados, a partir da esquerda, Dercílio de Souza Pires (Dercílio do Banjo), Homero Xavier (clarinete), Levy Xavier (piston), Manoelzinho Reis (bateria), e Bininho Xavier (trombone). Talentos musicais sempre lembrados, que poderíamos dizer “época de ouro”, e que azem parte da História. Na sequência da foto, o menino Elio Nunes da Silva, ao lado dos seus pais, D. Floripes Alves da Silva e Leovergílio Nunes da Silva.
Em pé, entre outros, Ademar Nunes da Silva (Filinho Caixa Dágua) e Zuzu, craques do Olympico F.C. No alto um pequeno Camarote, onde podia-se assistir as festas.
Sobre a trajetória musical de Levy Xavier, veja: https://onortefluminense.blogspot.com/2017/11/a-vida-musical-de-levy-xavier.html