quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

Espaço Cultural Luciano Bastos recebe ex-alunas do Colégio Rio Branco em encontro emocionante

Maria da Conceição Baptista Teixeira e as filhas Maria José (Teca) Ferreira de Almeida
e Dra. Florentina Ferreira Bruzzi Porto na biblioteca do Espaço Cultural Luciano Bastos.
              

No dia 30 de dezembro passado, o Espaço Cultural Luciano Bastos viveu momentos cheios de emoção com a visita de Maria da Conceição Baptista Teixeira Ferreira, e suas filhas Maria José (Teca) Ferreira de Almeida e Dra. Florentina Ferreira Bruzzi Porto, esta residente no Rio de Janeiro. 

O acervo da exposição permanente do Colégio Rio Branco e da exposição temporária “A Escola do Meu Tempo” foi um convite a uma volta no tempo, trazendo recordação de muitas histórias dos tempos de escola. 

Maria da Conceição Baptista Teixeira Ferreira, aluna do Colégio Rio Branco (1951-1958)
"É com grande alegria que hoje visito essa Casa, onde adquiri e levo grandes ensinamentos".

Aluna do Colégio Rio Branco do Ginasial, em 1951, até o 3º ano Normal, em 1958, Maria da Conceição Baptista Teixeira Ferreira faz parte de uma “família Rio Branco”. Além de ser filha de uma ex-aluna, Zilda Baptista de Oliveira, seu tios, irmãos e filha também estudaram na escola. Foi a primeira vez que retornou ao local, desde a sua formatura, há sessenta e seis anos.

Maria da Conceição e colegas da Escola de Professores
do Ginásio Rio Branco, 1957.

Maria José (Teca) Ferreira de Almeida, servidora pública aposentada, filha de Conceição, também foi aluna do Rio Branco, do Curso Primário, em 1967, até o Curso Ginasial, em 1971.
“Adorei relembrar os momentos que vivi aqui”. 
Maria José (Teca) Ferreira de Almeida na carteira onde estudou na década de 1970
Dra. Florentina Ferreira Bruzzi Porto, filha de Conceição, residente no Rio de Janeiro. 

Sala da Imprensa: o ECLB guarda os primeiros jornais de Bom Jesus do Itabapoana,

Conceição em frente ao Espaço Cultural Luciano Bastos (ECLB),
guardião da memória do Colégio Rio Branco.
Conceição na Praça Amaral Peixoto, em frente ao ECLB,
 local de encontro de gerações de estudantes.

Redação da aluna Maria da Conceição no Jornal A Voz do Estudante, maio/1958

Redação da estudante Maria da Conceição B. Teixeira de Siqueira - 3º ano Normal do Colégio Rio Branco foi publicada no Jornal estudantil A Voz do Estudante:

HOMENAGEM PÓSTUMA
Ao transcrever a poesia que abaixo vai, encho-me de orgulho, por ter nascido nesta Bom Jesus, que foi o torrão querido, a segunda pátria do autor da mesma.
Sim! Bom Jesus nasceu e cresceu na piedosa e sábia direção deste venerando sacerdote cuja palavra esclarecida se fazia sentir e ouvir nas reuniões e festas de cunho literário da época.
Profundo e grande conhecedor dos idiomas de Virgílio e Camões, foi poeta de grande inspiração, versejando com a mesma facilidade com que proseava.
Português, tendo por berço natal a ilha de São Miguel, era ele patriota devotado, amando Portugal, de cujas glórias muito se orgulhava.
Cabia, entretanto, em seu grande coração estas duas pátrias irmãs e em Bom Jesus se resumia o Brasil.
Aqui viveu sua mocidade e velhice, dando à nossa terra quase meio século de sua preciosa existência.
Apesar da debilidade do corpo, em sua última e longa moléstia, conservou sempre e até o último momento o mesmo espírito forte e rico de imaginação.
Hoje, seus restos mortais descansam numa capela situada na necrópole local e sua memória como que enraizada no coração do povo 
bonjesuense.
Sendo um grande admirador das crianças, Padre Mello soube expressar seus sentimentos nos versos que aqui transcrevo:
"Crianças
Quando vos vejo, crianças
Cantar, pular e sorrir
Nos ombros soltas as tranças
Fitas no chão a cair;
Quando vos vejo contentes
Sem sombra de algum pesar
Sem saudades de ausentes, 
Sem os cuidados do lar;
Quando vos vejo o olhar doce
Em qualquer um que mirais
Como se o mundo se fosse
O que vós sois e não mais.
Então me lembra, crianças:
Que já fui o que vós sois
E que ao tombar de esperanças 
Sereis o que eu sou ... depois!”  

Publicada no Jornal A Voz do Estudante, maio de 1958.
Acervo Espaço Cultural Luciano Bastos

O Colégio Rio Branco foi fundado em Bom Jesus do Itabapoana, RJ, em 1920. A mãe de Maria da Conceição, Zilda Baptista de Oliveira, e os tios - Maria do Carmo Baptista de Oliveira (Carmita), Clarice Baptista de Oliveira, Geny Baptista de Oliveira, Milton Baptista de Oliveira, Rosita Baptista de Oliveira, Maria José Baptista de Oliveira (Mariquinha) e Dr. Francisco Baptista de Oliveira, fizeram parte das turmas pioneiras do Colégio.